A arte de amar a si mesmo.

Estes últimos meses passaram com a intensidade de anos.
O peso de escolhas erradas, da dificuldade de reconhecê-las e superá-las por vezes nos faz protelar em tempestades que podem causar danos irreversíveis, mas com lições muito valiosas.
O tempo perdido é algo que temos que aprender a conviver, mas acima de tudo reconhecer o que aparentemente é perdido pode esta trazendo por trás muitas conquistas pessoais.
Não escrevo aqui com audácia de quem quer nada além de analisar situações e experiências particulares. Tem sido uma tarefa prazerosa, inclusive, aceitar e reconhecer que a singularidade das pessoas é algo maravilhoso. Incluindo aqui a forma própria que cada um tem de ver e agir perante situações.
            Retomando a frase inicial a perda de uma pessoa que conquistou uma admiração imensa me colocou frente a mim mesma de uma forma irredutível de fugas ou fantasias. A muito tinha comigo um livro a qual me foi indicada a leitura por diversas vezes. A sensação de falta de uma resposta para tudo isso que sabia ter, mas não sabia como acessá-la levou-me a finalmente executar com assídua atenção tal leitura.

            Não me prendendo a doutrina presente na obra, mas filtrando o que sabia dali ser possível extrair para mim, a cada leitura encarava-me de forma mais pacifica. Os erros passaram a ser para mim como uma das mais belas oportunidades de crescimento pessoal. Aceitar o que sinto defeitos e fraquezas hoje tem sido de fundamental importância para ouvir o que esta por trás de todo som externo que por vezes tapa e distorce o que o nosso interior realmente busca.
            A perda não foi reparada, o tempo não foi recuperado. O ganho que eles geraram, entretanto tem gerado em mim a força mais valorosa que acredito existir, a arte de amar a si como meio e fim de reconhecer a fonte e superar conflitos. Aceitar-se como é e não julgar-se perante modelos que nos são impostos de ser e agir simplesmente porque é o que nos “mandam/ensinam”.
            Cair pode ser a mais bela forma de levantar, não para ser maior que ninguém, para ser e aceitar quem se é, reconhecer o que se quer, busca e motivações para tais.

            Não me prolongarei a narrar aqui a imensa lição que obtive por meio de erros, recomendo a leitura sem pré-conceitos doutrinários e de crenças, mas quem tem interesse de ampliar o conhecimento de si mesmo de forma (talvez) simples: WANDERLEY S. DE OLIVEIRA Pelo Espírito ERMANCE DUFAUX. Escutando sentimentos. 

Por Jéssica Nascimento de Oliveira, em 19 de julho de 2013.

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